A influenza sazonal é uma das infecções respiratórias agudas mais frequentes, com relevância clínica e epidemiológica. O candidato ao Revalida deve estar atento, pois esse tema pode surgir nas estações da prova prática.
Definição
É uma infecção viral aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e distribuição global, com evolução geralmente autolimitada.
Agente etiológico
Os principais vírus com capacidade de contaminação em humanos são:
- Vírus Influenza tipo A, é responsável pela ocorrência da maioria das epidemias e pelas pandemias de influenza, por ser mais suscetível às variações antigênicas e periodicamente sofrer alterações em sua estrutura genômica, o que contribui para a existência de diversos subtipos. Além dos humanos, os vírus influenza tipo A podem infectar diversos animais, incluindo aves, suínos, cavalos, mamíferos marinhos, cães, gatos e morcegos.
- Vírus influenza tipo B, não se classifica em subgrupos, mas pode ser dividido em linhagens. Infecta exclusivamente humanos e sofre menos variações antigênicas, por isso, está associado a epidemias mais localizadas.
Modo de Transmissão:
- Respiratória, por gotículas de saliva e contato com superfícies contaminadas.
Quadro clínico
O quadro clínico da influenza sazonal tem início súbito, com sintomas de síndrome
gripal (SG) como:
- Febre, coriza, tosse seca, dor de garganta, dores musculares e articulares, cefaleia, fadiga (cansaço) e prostração.
Complicações
Alguns casos de influenza podem evoluir e apresentar complicações, especialmente em indivíduos com doença crônica, idosos e crianças menores de 5 anos. A principal complicação é a pneumonia, outras complicações são: Sinusite, otite, desidratação, agravamento das condições médicas crônicas o (miocardite, encefalite, miosite, rabdomiólise), falência de múltiplos órgãos, sepse.
Diagnóstico
Geralmente é baseado na clínica, epidemiologia e exame físico. O diagnóstico laboratorial utiliza a secreção da nasofaringe (SNF). Sobre a influenza sazonal, o melhor momento para fazer a coleta de amostras é preferencialmente até o sétimo dia após o começo dos sintomas. No entanto, o ideal é realizar entre o terceiro e o quinto dia após o início dos sintomas.
Tratamento
Medidas de suporte com sintomáticos, hidratação. Além disso, recomenda-se o uso de fosfato de oseltamivir para todos os casos de síndrome gripal que apresentem condições ou fatores de risco para complicações, independentemente de estarem vacinados ou não.
Em pacientes sem condições e fatores de risco para complicações a prescrição do fosfato de oseltamivir deve ser considerada baseada em julgamento clínico. Esses pacientes devem receber orientações sobre medidas de suporte e retorno ao serviço de saúde se surgirem sinais de agravamento do quadro (dispneia ou taquipneia, persistência ou aumento da febre por mais de três dias ou retorno após 48 horas de período afebril, confusão mental, sonolência, letargia etc.).